São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 1995 |
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A garrafada Há dois meses, na casa de Pedro Piva (PSDB-SP), os senadores tiveram um jantar com Pedro Malan. A certa altura, o senador potiguar e presidente da Confederação Nacional da Indústria, Fernando Bezerra, resolveu contar uma história de sua terra ao ministro. Segundo ele, nos anos 40, um morador de Santa Cruz (RN) estava muito mal de saúde e, como nenhum outro remédio lhe ajudasse, encomendou uma garrafada a um curandeiro local. O paciente bebeu e morreu. Consternada, a família chamou o autor da mistura de ervas ao velório para reclamar. O curandeiro examinou o cadáver e deu seu parecer: - Morreu, mas muito melhorado. O ministro da Fazenda riu muito da história. Até que o contador resolveu emendar: - Pois é, ministro. A garrafa são os juros. E a indústria nacional é o paciente. Vamos morrer, mas será numa terra "muito melhorada", com inflação baixa, quase de Primeiro Mundo. Dessa parte Malan não riu. Texto Anterior: Quase no bolso; Espírito natalino; Verão com limpeza; Formalizado; Boca do leão; Cartela vazia; Versículos; Internado Próximo Texto: PFL quer ministério para reparar dano da pasta rosa Índice |
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