São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 1995
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Rio prepara blitz após morte de torcedor

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

A Secretaria de Segurança Pública do Rio prepara uma grande operação policial no complexo da Maré (zona norte do Rio), agrupamento de favelas onde 11 torcedores de São Paulo foram metralhados anteontem. Um deles morreu e três ficaram feridos.
A operação deve ocorrer neste fim-de-semana. A meta da secretaria é prender traficantes e apaziguar as vizinhas favelas Vila do João e Vila do Pinheiro, local de confrontos armados entre quadrilhas inimigas.
Segundo o Cisp (Centro de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública), participarão do ataque ao complexo tropas da Polícia Militar e equipes da Polícia Civil.
O número de policiais que atuarão no complexo de favelas da Maré é mantido em sigilo.
A ocupação da Maré foi determinada pelo secretário de Segurança Pública, general da reserva Nilton Cerqueira, irritado com o drama vivido pelos torcedores de São Paulo.
Os santistas contaram que foram metralhados ao entrar por engano na Vila do João, na madrugada de anteontem, após a partida entre Santos e Botafogo, pelas finais do Campeonato Brasileiro.
Os torcedores disseram que os traficantes atiraram por achar que os carros em que chegaram à favela pertenciam à quadrilha da Vila do Pinheiro. O delegado-titular da 21ª DP (Delegacia de Polícia), Waldemar Gonçalves, disse que os traficantes das duas vilas estão em guerra desde janeiro.
Segundo Gonçalves, o chefe do bando da Vila do João é Gleique dos Santos, o Quito. Os traficantes da Vila do Pinheiro seriam comandados por Odyr dos Santos, o Odyr. As duas quadrilhas estão muito bem armadas, disse o delegado. Os traficantes teriam metralhadoras, fuzis e pistolas.
Falsa bomba
Ontem à tarde, o esquadrão anti-bomba recebeu uma denúncia de que uma bomba havia sido encontrada em um bar próximo a um presídio que estava sendo visitado pelo governador Marcello Alencar. Após fechar o trânsito na rua do presídio, o esquadrão constatou que se tratava de uma imitação de bananas de dinamite amarradas a um taxímetro.

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