São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 1995 |
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Confusão marca entrega de obra em SP
CLAUDIO AUGUSTO
Os guardas-civis tentaram prender Luiz Antônio Queirós e Josi de Oliveira, do Sindviários. Os funcionários da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) estavam reivindicando o cumprimento da decisão judicial de primeira instância que concedeu 7% de aumento real para a categoria, em maio último. Assessores do prefeito Paulo Maluf (PPB), que estava discursando no palanque, tentavam convencer Queirós a não usar o megafone para não atrapalhar a solenidade. Não houve acordo. Eduardo Anastasi, assessor da GCM, se aproximou do grupo e empurrou Queirós, ordenando aos guardas-civis que prendessem o sindicalista. A confusão começou a poucos metros do palanque, mas o prefeito não interrompeu seu discurso. Josi de Oliveira protestou contra a tentativa de prisão de Queirós. "Acabou a democracia?", ironizou a sindicalista. Os guardas-civis tentaram prendê-la também. O tumulto só diminuiu quando o capitão Marco Antônio, da assessoria militar do prefeito, interveio e pediu para que a GCM desistisse de tentar prender os sindicalistas. Anastasi disse à Folha que mandou prender os sindicalistas porque dois guardas-civis foram agredidos. Depois da confusão, Maluf disse que a manifestação dos sindicalistas foi "falta de educação". "Foi desrespeito ao Tom Jobim e a sua família", afirmou o prefeito. Dora Jobim, neta do compositor, esteve na cerimônia. A obra A passagem Tom Jobim, entregue ontem, eliminou o semáforo no cruzamento das avenidas Prestes Maia e Senador Queirós, um dos mais movimentados da cidade. A obra custou R$ 29 milhões, segundo o secretário Reynaldo de Barros (Vias Públicas). Há duas semanas, Maluf havia dito que o custo da obra foi de R$ 25 milhões. Texto Anterior: Juiz mantém reformulação Próximo Texto: Fechado acordo para o PAS na zona norte Índice |
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