São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 1995
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Conheça o que há na pasta

ABNOR GONDIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A pasta cor-de-rosa é divida em três partes -a das planilhas com nomes de candidatos e gastos de campanha, a do fichário com os cheques e as notas fiscais relativas às despesas de cada candidato e a última com anotações e bilhetes.
As planilhas são manuscritas em folha de papel almaço. A letra seria do chefe de gabinete do Econômico, Antonio Ivo Almeida, apontado como o assessor para assuntos eleitorais do ex-dono do banco, Ângelo Calmon de Sá. As folhas, em geral, estão emendadas por fita durex.
Em seguida aparecem folhas de papel ofício com as iniciais dos nomes dos candidatos beneficiados. Por exemplo, a ficha do ex-ministro da Agricultura, Alyson Paulinelli, candidato ao Senado, tem as iniciais "Al. Paul".
Nas fichas constam as cópias dos cheques, de notas fiscais (gráficas, outdoors etc) e faturas pagas em favor dos candidatos.
No fichário não há nenhuma nota fiscal ou referência mais específica ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), apesar da sigla do órgão constar na planilha maior dos gastos de campanha.

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