São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 1995 |
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Supermercado dá prazo para atrair cliente
MÁRCIA DE CHIARA
Para 96, pelo menos três empresas do setor já pretendem começar a aceitar o cartão de crédito ou ampliar o seu uso. O Paes Mendonça em São Paulo, que trabalha com duas administradoras, está negociando com mais duas o uso do cartão em 96. O Millo's vai ter cartão de crédito próprio a partir de janeiro. O objetivo é reverter a queda de até 35% nas vendas depois que as redes Wal-Mart e Carrefour passaram a ser suas vizinhas em Osasco (SP). O Sé também planeja aceitar o cartão no ano que vem. Até mesmo a gigante norte-americana Wal-Mart, que sacudiu o varejo com preços abaixo do custo, estuda aceitar cartão de crédito. "A busca por crédito é muito grande entre os clientes de supermercado", diz João Carlos Braz da Silva, gerente-geral do Paes Mendonça em São Paulo. Nas cinco lojas da empresa em São Paulo, o cartão responde por cerca de 20% do faturamento. Segundo Silva, a estratégia da sua rede, assim como a de outros hipermercados, está centrada no preço. Mas ele admite que o prazo é um diferencial. "Se você tiver preço e prazo, arrebenta de vender", diz Sidnei Mattos, superintendente do Tulha. Para Wilson Tanaka, presidente do Sincovaga, que reúne os pequenos supermercados, uma forte promoção hoje é aceitar cheque para o dia 7 de janeiro. É que, como parte do 13º salário deve ser usada para quitar dívidas, atualmente o prazo está contando mais do que o preço para atrair o consumidor, diz Tanaka. Na sua opinião, se as lojas não estivessem aceitando o cheque pré-datado e o cartão de crédito, a venda seria hoje 20% menor. Para Luiz Carlos de Mesquita Lopes, diretor do Sé, nos últimos meses tem aumentado a procura por prazo de pagamento. A rede, que na capital só aceita cheque pré-datado de clientes cadastrados para escapar do risco da inadimplência, tem 130 mil usuários nesse sistema. Texto Anterior: Bamerindus começa sua reestruturação Próximo Texto: Redes são acusadas de 'dumping' Índice |
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