São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 1995
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Campanha revela atletas 'essenciais'

Narciso comanda a defesa santista
MARCELO DAMATO

MARCELO DAMATO; ARNALDO RIBEIRO; MÁRIO MAGALHÃES
DA REPORTAGEM LOCAL

O jogo de amanhã deverá reunir os quatro jogadores "essenciais" dos finalistas do Campeonato Brasileiro. Entre eles, não está Túlio nem Giovanni.
Uma análise da campanha do Santos mostra que o time cai de produção quando joga sem o zagueiro Narciso ou o meia Carlinhos. No Botafogo, os imprescindíveis são o atacante Donizete e o meia Sérgio Manoel.
Quando Narciso atua, a média de gols sofridos do Santos foi de um por jogo. Quando esteve fora, em cinco partidas, ela foi de 3,6 gols/jogo (260% a mais).
O mesmo acontece com o volante Carlinhos, o camisa 8 do time. Nas três vezes em que não atuou, o time perdeu todas, sofreu nove gols e marcou um.
Carlinhos e Narciso têm a mesma explicação para o fato. Segundo eles, os demais jogadores de defesa, os laterais Marquinhos Capixaba e Marcos Adriano e o zagueiro Ronaldo, têm menos de um ano de clube.
"O entrosamento é fundamental na defesa", diz Narciso.
No Botafogo, a influência de determinados jogadores é menor. O caso mais importante é o de Donizete.
Ele não participou de três partidas. Numa, houve empate de 2 a 2. Nas outras duas, o Botafogo sofreu suas únicas derrotas por mais de um gol de diferença: 3 x 5 Cruzeiro e 1 x 3 Santos.
Nesses três jogos, o Botafogo sofreu 10 dos 24 gols acumulados em 26 partidas.
O técnico Paulo Autuori tem uma explicação: quando o time perde a bola, Donizete recua para marcar, como se fosse um meia.
Quando ele não joga, seu substituto não tem as mesmas características e a defesa acaba enfraquecida.
Com Sérgio Manoel, num grau muito menor, acontece a mesma coisa.
O retrospecto, porém, mostra um lado favorável ao Botafogo. Nas seis vezes em que o time jogou com a formação que deve atuar amanhã, ele venceu todas.
O Santos também venceu os cinco em que atuou com todos os titulares, mas Gallo não joga amanhã. O mais curioso é que quando Túlio e Giovanni não jogaram seus times não perderam.

Colaboraram ARNALDO RIBEIRO, da Reportagem Local, e MÁRIO MAGALHÃES, da Sucursal do Rio

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