São Paulo, quarta-feira, 20 de dezembro de 1995 |
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'Gigi' põe belle époque em crise
INÁCIO ARAUJO
Ninguém melhor do que ele para voltar à Paris da belle époque e evocar a história da garota criada para ser cortesã. No meio do caminho, porém, Gigi se apaixona e entorna o caldo. Existe a providencial figura de Maurice Chevalier, espécie de mentor bonachão da permissividade parisiense, abençoando tanto a empreitada prostitucional -neologismo usado pelo cineasta italiano Luciano Salce- como sua recusa. Ele orienta o conjunto, em que Minnelli parece dizer que o importante é que os sentidos funcionem, de um modo ou de outro. Diz isso menos por meio da história que conta do que pelas mil rendinhas que enfeitam cada vestido: a imagem já é uma provocação e todo um convite suntuoso ao prazer. (IA) Texto Anterior: Desejo conduz a dança em 'Sete Noivas' Próximo Texto: TV Manchete mostra erros históricos de filmes Índice |
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