São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995 |
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Ao pé da letra Funcionários de uma agência japonesa de financiamento reuniram-se há dias com representantes do Ministério do Planejamento e de alguns governos estaduais para discutir possíveis acordos. O chefe da missão japonesa falava português e ofereceu-se como tradutor. O secretário-executivo do ministério, Andrea Calabi, discorreu sobre os projetos enquanto o tradutor passava tudo para o japonês, sempre num tom monocórdio. A voz não se alterou nas demais exposições. Até que chegou a vez do governador de Tocantins, Siqueira Campos. Ele falou durante 40 minutos, num discurso cada vez mais enfático. Para surpresa de todos, o tradutor acompanhou, em japonês, a ênfase das frases do governador. Parecia uma disputa para ver quem falava mais alto. E Siqueira, concluindo: - Há uma grande semelhança entre os japoneses e os tocantinenses: a paixão pelo trabalho! O tradutor verteu o comentário para o japonês com tanta animação que os presentes não conseguiram segurar o riso. Texto Anterior: Peso em ouro; Panetone; No apagar das luzes; Lei da gravidade; Obrigação atrasada; Fim de papo; Sem TV Próximo Texto: FHC rebate Luís Eduardo e diz não ser cria da 'ditadura' Índice |
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