São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995
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Assessora de Bresser continua sob proteção

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A secretária-executiva do Ministério da Administração, Cláudia Maria Costin, continuava ontem sob proteção da Polícia Federal. Ela recebeu três ameaças de morte nos últimos dias depois que suspendeu o pagamento de 1.050 funcionários públicos do Amapá.
Até as 15h de ontem, Cláudia disse que havia recebido mais um "telefonema estranho" em seu gabinete, mas que não havia deixado completar a ligação. Ela tem evitado falar do caso e decidiu tirar férias para se afastar do ministério.
As ameaças contra Cláudia e seus filhos surgiram depois que o governo descobriu que os 1.050 funcionários do Amapá tinham sido incluídos, sem qualquer razão, na folha de pagamento dos servidores do Estado pagos pela União.
Em 1988, a Constituição transformou o Território do Amapá em Estado e obrigou o governo federal a pagar o salário dos funcionários contratados até então.
Ontem, o ministro Luiz Carlos Bresser Pereira -superior hierárquico de Cláudia- disse que espera que as ameaças cessem diante das medidas que tomou: dar férias à funcionária e transferir para daqui a dois meses o corte do pagamento dos servidores do Amapá.
Até lá, o governo do Estado terá de provar ao ministério que os servidores foram contratados antes da promulgação da Constituição.
Bresser disse que, ao decidir pelo adiamento, levou em conta um pedido do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP): "O presidente Sarney merece atenção e consideração." (William França)

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