São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995
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BC descarta emissão na venda do Econômico

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A venda do Econômico para o Excel não terá liberação de dinheiro novo pelo Banco Central. O presidente do BC, Gustavo Loyola, disse ontem que será refinanciada a dívida que já existe sem impacto monetário. Ou seja, sem emissão de moeda.
O Econômico deve ao BC R$ 3,5 bilhões, valores que foram concedidos principalmente no redesconto -linha de socorro do BC para bancos com problemas de caixa. Loyola acredita que até 10 de fevereiro a venda do Econômico estará solucionada, um dia antes da intervenção completar seis meses.
A diretoria do BC considera que os R$ 3,5 bilhões são um empréstimo já liberado ao Econômico. A idéia é refinanciar este valor sem liberação de recursos.
Seria feita apenas a contratação de um novo crédito no mesmo valor com prazos mais longos para pagamento e juros com taxas abaixo dos de mercado -2% ao ano acima dos títulos dados como garantia.
Estes benefícios estão incluídas dentro do Proer (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional). Se a nova proposta do Excel for aceita, ele poderá abater no IR (Imposto de Renda) até 30% dos prejuízos do Econômico em relação ao seu lucro líquido anual.
O Econômico tem um rombo patrimonial de R$ 1,6 bilhão. Ou seja, a venda de todos os seus bens não cobre a necessidade de pagamento das dívidas.
Loyola não deu detalhes sobre a operação: "Uso as palavras do meu chefe, Pedro Malan para dizer que não se pode revelar uma negociação em andamento".
As declarações de Loyola não impedem que o Excel solicite linhas de crédito para redimensionamento de agências, por exemplo. A primeira proposta do Excel foi rejeitada.

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