São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Folha e PUC fazem parceria

MARIO SERGIO CORTELLA
ESPECIAL PARA A FOLHA

O acelerado desenvolvimento tecnológico e científico deste final de século tem exigido das empresas jornalísticas e dos sistemas educacionais, por todo o mundo, uma contínua reavaliação de suas concepções e práticas para a formação e desenvolvimento de pessoas e, também, das suas relações e responsabilidades com o conjunto social; no entanto, o fundamental, para muitas delas, tem sido a convicção da urgência em reestruturar os seus modos de atuação.
As rápidas transformações que estamos vivendo no mundo da Ciência e da Tecnologia, com suas consequências diretas no trabalho e na Cidadania, têm resultado em novos e complexos problema de ordem cognitiva, ética e de organização da produção intelectual e sua respectiva disseminação. Esses problemas são, em seu conjunto, parte essencial do campo cultural e formativo, finalidade última e precípua de instituições como a Folha e a PUC-SP.
Aprendizagem
Sabemos que, em futuro próximo, o exercício da plena cidadania por parte de cada pessoa terá como resultado básico, cada vez mais, o manter-se em estado de constante aprendizagem, otimizando a produção e reprodução do saber individual e coletivo; por isso, estar apto, progressivamente, a manipular abstrações e conceitos é o que permitirá a cada indivíduo a interação entre si e o mundo em permanente elaboração à sua volta. A PUC-SP e a Folha estão sempre se mobilizando na crença de que essas tendências conduzem a significativas mudanças em sua estrutura de atendimento. Para atingir novos estágios organizacionais deve haver, certamente, um processo de atualização e aprimoramento técnico/científico acompanhado, necessariamente, de uma reconstrução conceitual de sua prática. A implementação de estratégias de comunicação mais eficientes em quantidade e qualidade, com a criação de metodologias mais participativas, moveram a Folha e a PUC na busca por uma ampliação do alcance de sua ação, tanto geograficamente quanto socialmente. A finalidade é, sem dúvida, alcançar um aprofundamento dos vínculos da imprensa e da universidade com a sociedade, por meio de ações capazes de aprimorar procedimentos e conceitos, com a afirmação das duas instituições como espaços de referência permanente e de permuta de competências.
Por isso, há aproximadamente um ano, a Folha e a PUC-SP decidiram estabelecer uma parceria inédita entre ambas e que agregasse mais valor às suas atividades cotidianas: os "Diálogos Impertinentes".
Em 1995 aconteceram seis desses eventos, reunindo em cada um, duas personalidades de destaque no cenário intelectual brasileiro e internacional para dialogarem, durante duas horas, em torno de temas como o Desejo, o Acaso, a Utopia, as Religiões, a Inteligência Artificial, as Fronteiras.
Público
Os diálogos, mediados por um professor da PUC-SP e um jornalista da Folha, tiveram sempre a presença de um público aproximado de 200 pessoas em um dos auditórios do Teatro da Universidade Católica (Tuca) e um número de pessoas bem superior a esse defronte a telões e aparelhos de TV em outros locais da universidade; foram produzidos e transmitidos, ao vivo, pela TV-PUC em conexão com as redes de TV a cabo NET e Multicanal, diretamente para 34 das principais cidades brasileiras, podendo ser captados abertamente por qualquer uma das 4 milhões de antenas parabólicas em nosso país.
Desdobramentos
A série teve, neste ano, outros desdobramentos: Os "Diálogos Impertinentes" foram editados em áudio e vêm sendo reproduzidos pela Rádio Cultura de São Paulo em FM e OM; em breve, uma síntese estará à disposição pela BBS e Internet, com a possibilidade de, mais adiante, publicá-los em livro e produzir um CD-ROM. Ademais, já está à disposição do público um conjunto de seis fitas de vídeo com a versão integral de cada um dos diálogos, que podem ser adquiridas individualmente.
Os "Diálogos Impertinentes terão a sua série 1996, com a realização de dez sessões, sempre na última noite de terça-feira do mês (exceto janeiro e dezembro) e debatendo temas tais como o Obsceno, a Razão, o Feminino, o Belo, o Amor, a Dor, a Liberdade, a Democracia, a Morte e a Verdade.
Pelo jeito, a impertinência vai continuar...

Texto Anterior: 'Diálogos Impertinentes' voltam em 1996
Próximo Texto: Municipal do Rio faz seleção de bailarinos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.