São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995
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Juiz reduz pena de acorrentada à mãe e decide prendê-la com náilon

DF
DE NOVA YORK

O juiz da Carolina do Sul que ordenou que a adolescente Tonya Kline, 16, ficasse algemada à sua mãe durante 30 dias como punição por ela ter arrombado uma casa voltou atrás e decidiu "relaxar um pouco o castigo".
Em vez de ficar algemada, Tonya permanecerá ligada à mãe, Deborah Harter, 31, por um fio de náilon preso à cintura de ambas.
"O objetivo foi dar mais conforto às duas", afirmou Wayne Creech, da Vara de Família do Condado de Berkeley.
Tonya havia sido presa em novembro, após ter arrombado uma casa no bairro em que mora. Ela já havia passado dois meses num reformatório por roubar lojas.
Além de substituir as algemas, o juiz permitiu que a mãe dividisse a tarefa de vigiar Tonya com seu marido, Richard Harter.
"O importante é que a menina fique presa a um membro da família por 24 horas."
O juiz atendeu a um pedido feito pelo advogado da família de Tonya, Kevin Kearse.
Segundo ele, Deborah estava estressada com a situação. "Ela precisava descansar. Esse castigo está sendo uma tortura."
Desde o dia 14, Tonya e Deborah faziam tudo em dupla: dormiam na mesma cama, iam juntas à escola e ao supermercado.
Se Deborah não concordasse com a punição do juiz, Tonya voltaria ao reformatório.
Ontem, a mãe afirmou à Folha que estava se sentindo "aliviada". Tonya disse que quando o castigo terminar vai sentir falta da atenção que tem recebido.

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