São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Índice

Repúdio; Colaboração; Pé no chão; Em defesa da língua; Precedente preocupante; Erro imperdoável; Boas festas

Repúdio
"O editorial 'O nome do jogo' faz acusações ao PFL que merecem nosso desmentido e repúdio. A Folha tem todo o direito de criticar as posições ideológicas e políticas do nosso partido. Não pode é dizer que o PFL 'para reparar o pecado supostamente cometido pelo governo insinua a necessidade de compensações que, conforme a tradição brasileira, devem vir na forma de cargos'. O PFL não procura cargos e não faz nem fez ameaças ao governo que ajudou a eleger e de cuja obra participa com dedicação e lealdade. O que o PFL exige é ser respeitado como força política e ser reconhecido no seu esforço pela materialização das reformas que estão previstas no programa do partido e integram os compromissos assumidos com o povo na eleição de Fernando Henrique e Marco Maciel."
Jorge Konder Bornhausen, presidente da Comissão Executiva Nacional do PFL (Brasília, DF)

Colaboração
"Manifestamos nossos agradecimentos pela preciosa colaboração da Folha no evento 'Benshi: A Magia do Cinema Mudo Japonês'. Com a sua atenciosa colaboração, tornou-se possível a realização de um belo evento comemorativo do centenário de amizade entre Brasil e Japão e do centenário do cinema, acontecimento este que aprofundou ainda mais o entendimento entre as duas culturas."
Akihiro Otani, diretor da Fundação Japão, assessoria cultural do Consulado Geral do Japão (São Paulo, SP)

Pé no chão
"Ao término do Campeonato Brasileiro parabenizo Pelé e toda a diretoria do Santos pela política 'pé no chão'. A seus jogadores os meus cumprimentos pelo brilhantismo do futebol apresentado. Nem sempre os melhores são os vencedores. No próximo campeonato a diretoria do Santos deve exigir árbitros do exterior, de Goa, por exemplo."
Neli Aparecida de Faria (São Paulo, SP)

Em defesa da língua
"Que é bacana e útil conhecer outros idiomas, não há dúvidas, pega bem, empresta charme, faz parecer que se é antenado. O Banco do Brasil vai inaugurar o BBteen, vai vender PCteen e vai ter até TeenMail. Será que um banco oficial americano, se é que existe, lançaria em Nova York um 'USA Bank Jovem'? Claro que não! Nos diversos segmentos o inglês está lá, forçando a barra, nas lojas, discos, patins, outdoors, roupas, brinquedos etc. Nossas crianças já falam, antes de papai e mamãe, Coca-Cola -daqui a pouco será 'mom' and 'dad'. Agora, o pior: TVs, jornais, revistas etc. são grandes incentivadores. Onde já se viu um caderno endereçado a adolescente ser 'batizado' de Folhateen? Entendo que é preferível a gíria ou o português de rua, com todos os erros que cometemos, do que o rococó pedante, esnobe e pseudo-inteligente das palavras estrangeiras, salpicadas aqui e ali, como se concluíssem com chave de ouro a compreensão dos textos escritos em português. Não sou um purista do idioma. Não sou também um nacionalista celerado e ortodoxo. É mais inteligente usar o nosso idioma para se fazer entender em textos escritos em português. Informação para meia dúzia não é informação."
José Luís Oliveira Bombonatti (Santos, SP)

Precedente preocupante
"O Poder Judiciário em nosso Estado, através do meritíssimo 36º Juízo Cível da capital, decidiu liminarmente que um ex-integrante da Igreja Universal do Reino de Deus difama a organização se, denunciando práticas internas secretas, expõe em público aquilo que, segundo afirma, encontra-se por detrás da fachada apregoada pelos ainda membros e organizadores. Tal decisão resulta na apreensão dos exemplares do livro em um país que reza através de sua Constituição a liberdade de palavra e opinião. O precedente é mais preocupante que tranquilizador. O crime de difamação conta com a repressão legal adequada. A censura prévia não estimula um clima de liberdade responsável. Antes, inculca o receio de opinar, tão conveniente à manutenção do 'status quo' no relacionamento da sociedade com grupos obscuros."
Jorge João Burunzuzian (São Paulo, SP)

Erro imperdoável
"A lista dos supersalários, publicada pelo ministro da Administração, não passou de uma técnica para denegrir, ainda mais, os funcionários públicos federais. Ninguém percebeu que o sr. Bresser Pereira vive como um verdadeiro marajá, num hotel cinco estrelas, num superluxuoso chalé, onde também residia a ex-militante comunista Zélia Cardoso de Mello. Quem paga essa moradia ao atual ministro? Adivinhem! As coisas não acontecem por um simples acaso! Acontecem propositalmente. Dizer ter sido erro quando o circo já está pegando fogo é muito fácil! A intenção foi proposital, em ter a opinião pública contra os funcionários públicos federais. Seria o caso de Bresser Pereira olhar pra trás e verificar o grande prejuízo quando foi ministro, com o Plano Bresser! A perseguição aos funcionários públicos federais só pode ser uma megalomania governamental, passada de Jânio Quadros a Collor e agora a FHC. Deveriam sim, acabar com a vergonhosa mordomia dos ministros!"
Edgard Soares Dutra Filho (Brasília, DF)

Boas festas
A Folha retribui as mensagens de boas festas que recebeu de: Fernando Bezerra, presidente da Confederação Nacional da Indústria -CNI (Rio de Janeiro, RJ); Maurício Schulman, presidente da Federação Brasileira das Associações de Bancos -Febraban (São Paulo, SP); Cecília Szajman e Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (São Paulo, SP); Nestlé (São Paulo, SP); Sylvio Nóbrega Coutinho, presidente da Companhia Siderúrgica Nacional -CSN (Volta Redonda, RJ); Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná -Alcopar, Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool do Estado do Paraná -Sialpar e Sindicato da Indústria do Açúcar no Estado do Paraná -Siapar (Maringá, PR).

Texto Anterior: Território devoluto
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.