São Paulo, sexta-feira, 22 de dezembro de 1995 |
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Renda do brasileiro não cresce, diz FGV
FRANCISCO SANTOS
A expectativa da FGV, expressa no editorial da revista "Conjuntura Econômica", é que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, que mede o total de bens e serviços produzidos, cresça entre 1% e 3% no próximo ano. A inflação ficaria entre 1% e 1,5% ao mês, o que significa número entre 12,7% e 19,6% no ano. O desemprego deverá crescer, passando de 5% para uma faixa entre 5% e 6% da População Economicamente Ativa (pessoas que estão trabalhando ou procurando trabalho). A redução de quadros nas estatais será também um fator a mais a frear o ritmo de crescimento da economia. Esse quadro, na opinião dos economistas da FGV, sugere que o governo se empenhe na "flexibilização da legislação trabalhista" para minimizar a falta de incentivos à absorção de mão-de-obra. Consolidação A FGV analisa que em 96 o governo terá de enfrentar novos problemas para consolidar as conquistas sobre a inflação e a ameaça de crise externa obtidas em 95. O principal problema a ser enfrentado é o do desequilíbrio fiscal (balanço das contas do setor público). Outros problemas serão a fragilização do sistema financeiro e o estancamento da economia. No âmbito externo, Lauro de Faria afirma que o baixo crescimento econômico não estimulará o aumento das importações, assegurando que a balança comercial (exportações menos importações) terá saldo entre zero e US$ 3 bilhões. Ele afirma que não há necessidade de desvalorização do real, exceto o suficiente para acompanhar o ritmo da inflação. As taxas de juros manterão a tendência de baixa que já manifestam, caindo de 27,7% este ano para entre 10% e 15% (no mercado interbancário). Texto Anterior: Economistas acham previsão exagerada Próximo Texto: Petrobrás corta os salários dos líderes sindicais, que devem reagir Índice |
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