São Paulo, domingo, 24 de dezembro de 1995
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Reitor da USP foi auxiliar de pesquisa

O pós-graduado em uma faculdade como a USP (Universidade de São Paulo), se não imaginar ficar milionário, pode sobreviver fazendo pesquisa.
"Não é que vai ficar pobre", diz o reitor da USP, Flávio Fava de Moraes, 57, cujo primeiro emprego foi aos 23 anos, como auxiliar de ensino.
Moraes se graduou em odontologia. "Fui contratado pelo Departamento de Histologia e Embriologia", conta o reitor. "O que não fiz foi clínica, nunca tive consultório."
"Nunca senti falta de clinicar, porque sempre trabalhei na escola e junto à parte básica. Os clínicos procuram muito a gente para trazer problemas. Então você faz experimentação para atender às exigências clínicas."
Depois ele fez doutorado e pós-doutorado -foi professor-visitante da Universidade de Michigan (Estados Unidos). "Eu me formei muito menino, com 22 anos. O primeiro emprego foi aos 23 anos."
Não achava o salário ruim. "Só o fato de eu conseguir trabalhar na USP foi uma sensação de deferência tão grande que eu só me lembro que era solteiro e seis meses depois já estava me casando", conta o reitor, que permanece no cargo até dezembro de 1997.
"Comecei o emprego em junho de 61 e, em janeiro de 62, já estava me casando." Um professor-doutor na USP ganha hoje em torno de US$ 2.100 por mês. O salário de um titular é aproximadamente US$ 4.500.

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