São Paulo, domingo, 24 de dezembro de 1995 |
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Partido quer volta da URSS
JAIME SPITZCOVSKY
A chamada "opção pacífica" não passa de sonho. Entre as 14 repúblicas que saíram do controle de Moscou, apenas Belarus mostra alguma disposição de voltar a uma aliança com o poder central. O PCUS definia a URSS como "união voluntária de vários povos. A desintegração do império soviético em 15 países mostrou a artificialidade desses "laços fraternos", impostos geralmente com a força militar. No final do século, o nacionalismo se transforma em ideologia de massas e os comunistas russos embarcam nessa correnteza. O discurso do PC abandonou a retórica do "internacionalismo proletário" e da "coexistência pacífica" para lançar inflamados discursos contra os Estados Unidos, a influência ocidental e a "quinta coluna, ou seja, "traidores russos" teleguiados por interesses estrangeiros. A idéia de uma "Rússia como civilização única" leva o Partido Comunista russo a quebrar mais um antigo tabu. No lugar do ateísmo, surge uma aliança com a Igreja Ortodoxa russa, bastião de sentimentos nacionalistas e xenófobos. (JS) Texto Anterior: Neocomunistas diluem ideário do PC Próximo Texto: GOODBYE, VIETNÃ Índice |
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