São Paulo, segunda-feira, 25 de dezembro de 1995
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Cabeleireiro ambulante só não usa tesoura

DANIELA FALCÃO
DE NOVA YORK

Quando decidiu transferir seu salão durante os fins-de-semana para um ônibus, o cabeleireiro israelense Gil Gamlieli, 31, não imaginava que seria a sensação do verão de Nova York em 1995.
"Tive a idéia porque o salão estava ficando lotado de gente na sexta e todo mundo reclamava da perda de tempo de ficar horas no cabeleireiro e depois mais horas ainda dirigindo para os Hamptons", disse Gamlielli.
O preço para participar no Beauty Express é salgado: US$ 250 no mínimo. O preço normal de uma passagem de ônibus para os Hamptons é de US$ 36,00.
O Beauty Express oferecia todos os serviços do salão em Manhattan, menos corte.
"Era arriscado usar tesoura grande no ônibus. A estrada tem muitas curvas e poderia acontecer algum acidente. Já pensou se eu escorregasse e tirasse uma mecha inteira em vez de só a pontinha? Minha carreira estaria acabada."
Gamlielli não divulga quanto ganhou com o ônibus-cabeleireiro, mas afirma que já está preparando um ainda mais luxuoso para a primavera-verão do ano que vem.
Casamentos
Dona de cinco das mais famosas capelas de Las Vegas, a reverenda Charlotte Richards, 53, chegou na cidade há 35 anos com três filhos pequenos e US$ 250 no bolso.
"Havia sido abandonada por meu marido e resolvi trocar a Califórnia por Las Vegas porque aqui é a terra das oportunidades", contou Richards à Folha.
Ela começou com uma pequena capela herdada do segundo marido e apenas um funcionário.
Hoje, três maridos depois e dona de um rancho próximo a Las Vegas, Richards tem a maior rede de capelas do Estado de Nevada.
São 57 funcionários, sete reverendos autorizados a celebrar casamentos, uma frota de 15 limusines, floricultura e loja de aluguel de vestidos de noiva.
A rede funciona 24 horas por dia, durante os sete dias da semana. As datas mais procuradas são o Dia dos Namorados, reveillon e véspera de Ação de Graças.
Criativa, Richards sempre procura oferecer a seus clientes alternativas às festas tradicionais.
Já passaram pela janela drive-thru da capela casais montados a cavalo, usando patins, carroça, táxis, caminhão e até helicóptero.
Sua mais nova aquisição foi a "Little Chapel on the Sky" (Capelinha no Céu), um balão-igreja onde cabem 14 pessoas. "É para quem quiser casar mais perto de Deus, com o visual de Las Vegas lá em baixo", diz Richards.
A reverenda aluga o balão não só para casamentos, mas também para turismo.
(DF)

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