São Paulo, segunda-feira, 25 de dezembro de 1995 |
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A ciência do Natal
ANTONIO CARLOS DE FARIA RIO DE JANEIRO - Os jornais trazem boas e más notícias científicas no Natal. A primeira boa é que médicos ingleses comprovaram que o vinho ajuda a digestão, o que é um alívio para os excessos das festas.Porém, nada de euforia nas comemorações por mais um ano novo, pois outros médicos ingleses descobriram que as orelhas ficam maiores com a idade. Quem já desconfiava disso pode parar de consultar o espelho. Esses casos são prova de que muitas vezes o senso comum está certo. A ciência apenas dá mais autoridade ao que é óbvio, pois usa seus métodos rigorosos. Os ingleses mediram as orelhas de 206 homens e verificaram que elas crescem em média 0,22 milímetros por ano. A conclusão inclemente é que homens mais velhos têm orelhas maiores. Os pesquisadores não sabem os motivos de as orelhas crescerem, mas desconfiam que haja uma compensação para a perda da capacidade auditiva. Orelhas maiores seriam mais sensíveis para captar o som. Talvez seja por isso que os astros de rock estejam ficando velhos, mas não o seu público. Quem foi a um show dos Stones deve ter notado que os velhos estavam apenas no palco. Aliás, Charlie Watts, o mais discreto dos bateristas, mostra que quanto mais o tempo passa, mais ele gosta de jazz. Quanto ao vinho, a ciência é precisa e afirma que a reputação de bebida digestiva se deve ao seu teor de álcool, perfeito para matar bactérias. A outra boa notícia não tem nada a ver com a morte, mesmo de bactérias. Cientistas vão fazer uma expedição para encontrar uma fêmea para Romeu, um pequeno lêmure que vive solitário numa universidade americana. A "Julieta" em questão será o presente de Papai Noel para a continuidade da espécie de pequenos primatas que está em extinção em Madagascar. Feliz natividade para eles. Feliz Natal para todos. Texto Anterior: Um presente para FHC Próximo Texto: Lei geral da Educação Índice |
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