São Paulo, terça-feira, 26 de dezembro de 1995
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Radical livre pode estar ligado a doença em pacientes com Down

DA REPORTAGEM LOCAL

Substâncias derivadas da ação do oxigênio podem levar crianças com síndrome de Down a ter mal de Alzheimer, diz estudo na última edição da revista "Nature".
Os radicais livres são substâncias provenientes da quebra da molécula de oxigênio dentro do organismo. Muitos pesquisadores acreditam que os radicais livres estão envolvidos no envelhecimento.
Pesquisadores do Hospital da Criança, na Universidade Harvard, em Boston (EUA) mostraram que as células nervosas -neurônios- de fetos com síndrome de Down têm altas concentrações de radicais de oxigênio intracelular, se comparadas com neurônios de fetos com idades semelhantes.
Segundo Bruce Yanker, um dos autores do estudo, esses radicais seriam os responsáveis pela degeneração das células nervosas.
A síndrome de Down é causada por um "defeito" genético decorrente de uma falha na divisão da célula que forma um dos gametas: o espermatozóide ou o óvulo.
A espécie humana tem 23 pares de cromossomos. Cada cromossomo é classificado de acordo com a forma e o tamanho.
Em vez de as células da criança com a síndrome terem dois cromossomos de número 21, elas têm três. Por isso, a condição, que provoca retardo mental, é chamada "trissomia do cromossomo 21".
Os cientistas sugerem que um defeito no metabolismo dos radicais livres pode predispor os pacientes com síndrome de Down ao mal de Alzheimer. Segundo eles, tratamentos com antioxidantes poderiam evitar a doença.

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