São Paulo, terça-feira, 26 de dezembro de 1995 |
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"Tenho saudade das filas" Loja anuncia a venda do ponto em rua do centro de SP FÁTIMA FERNANDES
"Atendíamos 700 pessoas em um dia", lembra ele. "Os clientes vinham de todos os bairros de São Paulo para comprar na minha loja de 50 metros quadrados." Saad conta que vendia de tudo quando abriu a sua loja mas há 30 anos decidiu comercializar produtos da Hering. "O comércio de rua não acaba, mas está se transformando". Para ele, o centro da cidade de São Paulo sofre o que ele chama de efeito estufa. "Esta cada vez mais deteriorado." O número de lojas do centro de São Paulo, diz ele, está diminuindo a cada dia. "Se reabre algum ponto comercial é na área de comestíveis." A Junta Comercial de São Paulo não possui um levantamento detalhado sobre o número de lojas que existem nos bairros comerciais de São Paulo. Na sua análise, o comércio de roupas, calçados, perfumaria e bijuterias está concentrado nos grandes magazines, supermercados e shopping centers. "Qual é o incentivo que uma senhora tem para vir até o centro de São Paulo para comprar esse tipo de produto." Tecidos Luiz Manoel Francisco, proprietário da Francis Tecidos, localizada na rua 25 de Março, diz que "foi-se o tempo em que o consumidor ia à sua loja para escolher um corte de tecido de seda pura para dar de presente no Natal. "Hoje o consumidor chega atrás de tecido que custa R$ 1,90 o metro linear. Isso quando compra. Nós tivemos que mudar o 'mix' de produtos para atender à nova clientela." (FF) Texto Anterior: Lojistas se mobilizam para tentar atrair consumidores Próximo Texto: Magazine fecha após 70 anos Índice |
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