São Paulo, terça-feira, 26 de dezembro de 1995
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Bolsa de Tóquio tem novo recorde de alta

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Bolsa de Valores de Tóquio voltou a bater recorde de alta no ano ontem, dia em que o mercado financeiro operou normalmente. Foi a quarta alta consecutiva do índice Nikkei -que mede a variação das ações mais negociadas no mercado de Tóquio.
O Nikkei fechou o dia em 19.775,41 pontos -30,99 pontos acima do fechamento da sexta-feira-, o que representou uma valorização de 0,16 ponto percentual.
Grande parte desse otimismo, segundo operadores do mercado de Tóquio, se deve à atividade dos investidores institucionais estrangeiros, como os fundos de pensão norte-americanos. Esses fundos teriam a intenção de aumentar a participação de papéis japoneses em suas carteiras antes do fim do ano.
As ações que puxaram a alta do índice Nikkei na segunda-feira foram as de empresas de tecnologia de ponta, corretoras e seguradoras (como Nomura, Nikko e Yamaichi) e ainda ações de bancos.
Veículos
Enquanto a Bolsa de Valores registra alta, a produção doméstica de veículos no Japão deve cair, em 1995, 3,32% com relação a 94.
Caso isso se confirme, será o quinto ano consecutivo de queda da produção automobilística no país, segundo a associação japonesa que reúne as indústrias do setor.
A expectativa é que o Japão produza neste ano 10,2 milhões de veículos, contra 10,55 milhões de carros produzidos em 94.
A explicação da associação para a queda da produção é o fraco desempenho das exportações durante o ano de 1995.
Isso ocorreu principalmente por causa davalorização do iene frente ao dólar norte-americano, que tornou os produtos japoneses menos competitivos no mercado internacional.
Além disso, diz a associação, as indústrias do Japão estão aumentando a produção de suas unidades no exterior, em detrimento da produção doméstica.
Somente em novembro, segundo a associação, a indústria japonesa produziu 863.460 -9,1% a menos do que o produzido em novembro do ano passado.
Para 1996, a produção deve ficar, na melhor das hipóteses, igual à deste ano e pode inclusive vir a cair, principalmente por causa da expectativa pessimista com relação ao desempenho das exportações.

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