São Paulo, terça-feira, 26 de dezembro de 1995 |
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Clubes viram 'fábrica de cartas'
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Em dezembro, os clubes se tornam verdadeiro depósito de cartas para os jogadores, que ficam acumuladas até o retorno dos atletas das férias, no início de janeiro. Como vários jogadores recebem mais de cem correspondências por mês, a maioria das cartas não é respondida, nem sequer lida. "O São Paulo responde todas as cartas que recebe (cerca de 2.000 por mês), mas as dos jogadores encaminhamos para os próprios. O problema é a falta de tempo que os atletas têm para escrever de volta", disse Reinaldo Pereira Mendes, gerente de marketing. Em 96, os atletas que quiserem poderão, após terem lido as cartas, devolvê-las para que o clube faça e encaminhe as respostas. "Resta saber se as respostas serão dadas pelo Departamento de Marketing ou pelo de Comunicação. Vamos precisar de pelo menos mais um funcionário para tratar da questão das cartas." No Palmeiras, a Parmalat, empresa patrocinadora do time, também mostra preocupação com as 1.000 cartas que recebe por mês. "É uma frustração para o torcedor que escreve ficar sem resposta", disse José Carlos Brunoro, diretor de esportes da empresa. "Ninguém pode esquecer que é o torcedor que paga ingresso, compra camisa do time, dá audiência. Ele merece respeito." No Corinthians, a responsabilidade de responder ou não as 2.500 cartas todo mês continuará com os jogadores. "Não é um problema do Departamento de Marketing", afirmou Murilo Serpa, gerente de marketing do clube. A Portuguesa é o único que já adota o sistema. O Departamento de Comunicação, além de responder as 40 cartas mensais dos jogadores que reclamam da falta de tempo, manda brindes do clube a todos os torcedores que escrevem. Texto Anterior: George Weah ganha a Bola de Ouro de 95; River Plate aumenta oferta por Chilavert; Definidos os grupos da Libertadores-96; Portuguesa anuncia seu novo treinador; Romário é campeão de torneio na praia Próximo Texto: Telê disputa em volume de cartas Índice |
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