São Paulo, terça-feira, 26 de dezembro de 1995 |
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Caio tem família 'ghost writer'
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
A maioria dos fãs pede o endereço do jogador na Itália. Os avós maternos do atacante, Newton Ribeiro da Silva e Ieda Abrogi Ribeiro da Silva, continuam indo toda a semana ao CT do São Paulo para pegar as correspondências do jogador. Todas as cartas são respondidas, mas não pelo próprio Caio, como pensam os fãs. Seus avós fazem o papel de ghost writers do atacante, ou seja, respondem, em nome do jogador, as cartas que lhe são enviadas. "Fazemos isto com boa vontade", explicou o avô do atleta. "O Caio é um garoto muito atencioso e não quer que ninguém fique sem resposta. Então, nós mandamos uma carta-padrão, feita no computador, e uma foto autografada do Caio", contou. "Há dois tipos de fotos. Uma em que o Caio está com a camisa do São Paulo, e outra com uma camisa azul, que enviamos para os fãs que torcem para outros times." O avô de Caio salienta, no entanto, que o neto costuma ler as cartas. A maioria das cartas é escrita por garotas de 13 a 18 anos. "Elas pedem tudo", disse o avô do jogador. "A maioria quer namorar o Caio. Uma vez, uma menina chegou a escrever 75.046 vezes o nome dele. Para as cartas mais interessantes, a gente dá uma resposta personalizada." A carta mais curiosa, no entanto, recebeu o meia Fábio Mello, também do São Paulo. Uma garota mandou-lhe uma fotografia dela da cintura para baixo, sem roupa. "O pessoal brincou muito comigo, mas não é uma coisa muito incomum", afirmou o meia. "Cartas de garotas interessadas em jogadores a gente recebe quase sempre." (JCA) Texto Anterior: Telê disputa em volume de cartas Próximo Texto: Perfil das cartas do Santos muda Índice |
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