São Paulo, terça-feira, 26 de dezembro de 1995
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Auto-estima; Ajudando os bancos; Alheamento; Eleições municipais; Vítima de consórcio; PAS oculto; Direito à saúde; Em defesa da Nigéria; Boas festas

Auto-estima
"O pessimismo da grande imprensa brasileira está insuportável. E a Folha, nosso maior jornal, está no meio dele. O ministro Serjão pronunciou-se sobre o assunto da seguinte forma: o pessimismo no noticiário de imprensa está relacionado com a pobreza dos nossos jornalistas que ganham mal e por isso vivem insatisfeitos, tendo uma visão negativa do mundo, das pessoas e dos fatos que acontecem. O tema é muito importante para a nação porque tem relação direta com o nível de auto-estima dos brasileiros. Isso para não falar no componente deseducativo, alienante e corruptor de todos os segmentos da sociedade. Especialmente o mais jovem."
José Rodrigues Neto (Ubiratã, PR)

Ajudando os bancos
"Parabéns ao jornalista Clóvis Rossi pelo artigo 'Justiça Social, enfim' (Folha, 15/12). Assim como ele, eu também fiquei felicíssimo com a decisão do governo em ajudar os bancos. Há mais de 20 anos que venho dando minha contribuição financeira aos banqueiros, depositando religiosamente meus parcos rendimentos nos bancos sem receber qualquer bonificação. Mas sou bem retribuído pois quando necessito de um talão de cheques a mais durante o mês não consigo obtê-lo. Se quero um talão de cheque especial não consigo. Se procuro um financiamento para construir a casa própria não consigo. Se vou sacar o meu FGTS na data marcada pelo banco não consigo. Apesar de tudo isto, entendo a necessidade de ajudar os banqueiros, afinal, como é duro ficar sem os ganhos estratosféricos da época da inflação alta, quando faturavam bilhões de cruzeiros em cima de nossos magros depósitos em conta corrente."
Domingos de Abreu Miranda (Araçatuba, SP)

Alheamento
"Em 1990 detectamos um comportamento coletivo de alheamento: o fato que evidenciava urnas com mais votos nulos e em branco do que os de alguns candidatos e partidos ia passando despercebido. Comportamentos semelhantes são comuns, notadamente, nas camadas populares, as quais não estão colaborando para a manutenção de preços. Outro tipo de alheamento, é o do recém-passado Dia da Bandeira. Vimos que, até, jornais de grande circulação, não publicaram, sequer, por exemplo, uma simples frase como: hoje é o dia da bandeira nacional! Sei lá! É o que penso quando me pergunto: quais as consequências atuais ou futuras do alheamento? Não seria oportuno que os 'pensantes' do país promovessem reuniões para debater sobre o 'evidente alheamento atual do brasileiro'?"
Ludwig Michels dos Santos (Rio de Janeiro, RJ)

Eleições municipais
"As eleições municipais do próximo ano terão um duplo significado para o futuro desenvolvimento da sociedade e da democracia no Brasil: em 1986 o conjunto da cidadania brasileira estará optando por novos governantes locais e, ao mesmo tempo, julgando as políticas dos atuais governantes. De um lado estará no banco dos réus uma política sem dúvida hábil do ponto de vista de marketing político, mas extremamente perversa para a maioria dos moradores da cidade de São Paulo, representada pela gestão Paulo Maluf. Do outro, a política do governo federal, recessiva e excludente, se encontrará em julgamento. Torna-se fundamental que o PT consiga transmitir os elementos essenciais que o diferenciam e distinguem dos demais partidos. Ao representar os interesses daqueles que, historicamente, encontram-se alijados de qualquer forma de poder na sociedade, o PT tem de manter sua presença constante e cotidiana junto aos movimentos populares e democráticos. O PT deverá dar uma mostra clara de maturidade, minimizando suas eventuais divergências internas, mostrando que suas lideranças maiores são capazes de unirem-se no sentido de contribuir para a construção de uma qualidade de vida melhor e de uma consciência de cidadania para todos. Esta estratégia permitirá ao PT certamente disputar e, provavelmente, ganhar a eleição em São Paulo. Com isto o Partido dos Trabalhadores poderá pedir emprestado à cidade de São Paulo seu lema maior: non ducor, duco, para a construção de uma cidade e de uma sociedade melhores e mais felizes."
Cesar A. O. do Nascimento (São Paulo, SP)

Vítima de consórcio
"Sou uma das vítimas dos 'homens do colarinho branco' que adquiriu uma cota de consórcio habitacional do Consórcio Garavello com plano de cem meses e com um total de 40 parcelas pagas sempre nos respectivos vencimentos e que após três meses de contemplação por sorteio houve a liquidação do consórcio pelo Banco Central e fiquei até agora sem receber o bem. O pior de tudo é a ausência total de notícias sobre o andamento dessa tal liquidação, tanto por parte da administradora como pelo próprio Banco Central. Dia-a-dia vejo minguar a esperança de reaver pelo menos o valor pago e uma ação judicial, segundo estou sabendo, seria até inviável além de cara."
Sidival Cremonin (Fernandópolis, SP)

PAS oculto
"Como cidadã e médica do município, fiquei chocada com a revelação do artigo 'As faces ocultas do PAS' (12/12, pág. 3-2), de Evelin N. C. Sá e José de Sá, sobre a participação da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP) na concepção do plano. Este aspecto até então não tinha sido mencionado. Os órgãos representativos como o CRM, o Sindicato dos Médicos, a APM, entre outros, precisam de forma urgente pesquisar as reais intenções que estão por trás do envolvimento da Fipe neste plano. Fica a impressão de que questões econômicas estão muito além do direito universal à saúde preconizado pelo SUS."
Luizemir Wolney Carvalho Lago (São Paulo, SP)

Direito à saúde
"Além das contradições mencionadas no artigo 'As faces ocultas do PAS', gostaria também de invocar o dispositivo constitucional de que todo cidadão tem direito à saúde. A questão é: se todo cidadão tem direito à saúde, por que uma simples carteirinha vai dar um direito já adquirido? Como advogada, eu só queria entender."
Maria Ignez de O. Sampaio (São Paulo, SP)

Em defesa da Nigéria
"Exaspera-me ver que países do mundo tenham feito sanções punitivas à Nigéria, por ter praticado atos contrários à liberdade de expressão e direitos humanos, mas não tenham reagido contra atos mil vezes mais hediondos realizados neste século pela China comunista ao invadir o Tibete. Ou naquela ocasião em que o mundo assistiu, estarrecido, ao massacre na Praça da Paz de Pequim. Por que os governos não reagiram com severas sanções econômicas e políticas contra a China? É muito mais fácil 'peitar' uma Nigéria africana, quase sem expressão ou interesse para as nações desenvolvidas."
Carlos A. L. Lessa (Rio de Janeiro, RJ)

Boas festas
A Folha retribui as mensagens de boas festas que recebeu de: Agnelo Pacheco Criação & Propaganda (São Paulo, SP); Ayrosa Galvão Prom. Prod. e Com. Ltda (Barueri, SP); Assessoria de Comunicação Social da Câmara de Vereadores de Pindamonhangaba (Pindamonhangaba, SP); Ivar Igor Retamales Reyes, diretor-presidente da Pool for International Education (São Paulo, SP); Fundação Getúlio Vargas (São Paulo, SP); Unimed (São Paulo, SP).

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