São Paulo, quarta-feira, 27 de dezembro de 1995
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FHC grava mensagem de fim de ano

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso gravou ontem à noite, no Palácio da Alvorada, o pronunciamento que fará à nação na sexta-feira, dia 29.
FHC fará um balanço otimista do primeiro ano de mandato. Não falará em crises.
O controle dos preços será o principal resultado apresentado pelo presidente no programa, inclusive na área social, segundo ele mesmo adiantou ontem a um grupo de governadores.
FHC classifica 1996 como um ano decisivo para seu governo.
Real
O principal destaque do programa de fim de ano será o Plano Real, com a queda da inflação, "que ficou em torno de 20%", conforme o próprio FHC disse ontem em seu programa semanal de rádio "Palavra do Presidente" (leia íntegra ao lado). O balanço das atividades também foi o tema do programa de ontem.
No programa de ontem FHC falou sobre a pequena variação de preços da cesta básica, sobre a safra recorde de grãos, o Comunidade Solidária e o programa TV Escola. Quanto ao desemprego, Fernando Henrique disse que "o mercado de trabalho no Brasil está mudando, como a maioria dos países desenvolvidos" porque as empresas estão terceirizando serviços.
No pronunciamento de sexta-feira, que deve ter cerca de dez minutos, FHC vai ressaltar também os êxitos do governo no Congresso, com a aprovação de mudanças constitucionais na Ordem Econômica e do encaminhamento da reforma administrativa, previdenciária e fiscal.
A gravação do pronunciamento de TV foi acompanhado pelo diretor Walter Avancini, que trabalha na TV Educativa. FHC gravou um texto diferenciado para o rádio.
Ontem, no programa do rádio, o presidente minimizou o problema do desemprego. Reconheceu que as indústrias estão demitindo mas acrescentou que muitos dos desempregados estariam se tornando microempresários. "Há empresas que estão terceirizando os serviços, quer dizer, demite o empregado, ele cria uma microempresa e presta serviços para a mesma indústria onde trabalhava antes".
FHC falou da safra de 94, lembrou que foi recorde de grãos e "graças a ela os preços de alimentos aumentaram muito pouco". Mas o presidente não disse que a safra de 96 vai diminuir por causa da falta de financiamento.

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