São Paulo, quarta-feira, 27 de dezembro de 1995 |
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Conheça algumas tendências
DO "USA TODAY" Confira a seguir algumas das ameaças que despontam no horizonte da indústria de micros.Independência de plataformas - Hoje é importante fazer a escolha certa do tipo de computador que você coloca na sua mesa. As plataformas desktop são: Windows-Intel, Macintosh e Unix. Os diferentes PCs operam com sistemas diferentes, e qualquer grupo que quiser compartilhar programas -um local de trabalho, por exemplo- precisa ter uma plataforma de PC comum. Essa é uma das grandes razões pelas quais os PCs que operam com chips da Intel e sistema operacional da Microsoft dominaram 90% do mercado. Graças a uma linguagem de comunicação padronizada, a Internet acaba com as diferenças de plataformas. Todos os computadores são iguais na Internet. Assim, à medida que a Internet cresce, e suas funções passam a ser o grande foco da utilização dos computadores, o tipo de PC que se usa é cada vez menos importante. Um escritório poderia funcionar com uma mistura de marcas e plataformas de PCs, todos conversando entre si via rede. O "Windows" não seria uma necessidade imperativa. Na verdade, é provável que a nova plataforma operacional para PC seja um programa para navegação na Internet, de empresas como Netscape, Spyglass e até mesmo Microsoft. A independência de plataformas poderia romper a ordem atual, levando ao surgimento de todo tipo de novo concorrente nos campos de equipamentos e programas, nenhum deles ligado às velhas maneiras de pensar -e nenhum dos quais precisa proteger linhas de produtos mais antigos. PCs mais baratos - À medida que a rede se transformar na parte central da computação, a maior parte das coisas que as pessoas fazem e dos programas que usam vai estar na rede e não dentro de seus próprios computadores. Aí, segundo alguns especialistas, os PCs não vão mais precisar dispor de velocidade e memória que custem US$ 2.000. Algumas pessoas ainda vão querer dispor da potência necessária para fazer cálculos financeiros complexos ou criar gráficos detalhados. Mas muitos usuários de computador -aqueles que usam seus PCs principalmente para se comunicar, escrever, pesquisar ou jogar- poderão se virar bem com máquinas muitos mais simples, de baixa potência e baixo custo. Quando se está em um local na Internet, a velocidade e a armazenagem dependem da conexão e do computador anfitrião (host) do outro lado, não do PC que você tem à sua frente. Hoje, a indústria dos PCs está preparada para vender aos consumidores o mais novo e veloz modelo por cerca de US$ 2.000. Um mercado no qual as pessoas pudessem escolher entre uma gama de PCs, custando entre US$ 500 e US$ 5.000, seria uma grande mudança e marcaria a entrada de outros tipos de concorrentes -talvez a Nintendo ou a Sony. A questão é saber se essa mudança vai acontecer ou não. A Compaq está pensando em produzir um PC barato, mas "não concordamos com aparelhos que custam apenas US$ 500", diz Bob Stearns, executivo da Compaq. "Mesmo que você comece a tirar coisas do PC, não vai conseguir baixar o preço tanto assim". Se, nos próximos dois anos, surgirem micros feitos para uso na Internet e que custem US$ 500, além de serem tão fáceis de usar quanto um videocassete, tudo isso vai mudar. Tradução de CLARA ALLAIN Texto Anterior: Empresas tentam enfrentar mudança Próximo Texto: Batom vira brinde de jogo em CD-ROM para meninas Índice |
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