São Paulo, quinta-feira, 28 de dezembro de 1995
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Transfusão oferece risco menor de Aids

Chance de contágio nos EUA é 50% inferior ao esperado

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O risco de pegar Aids através de transfusões sanguíneas pode ser 50% menor do que se imaginava, diz estudo na revista "New England Journal of Medicine".
Pesquisadores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) estimaram que, de 12 milhões de amostras de sangue doadas em todo o país todos os ano, somente 18 a 27 amostras estavam contaminadas com o vírus HIV, causador da Aids.
Segundo Eve Lackitz, co-autora do estudo, os riscos eram considerados altos porque as doações de sangue eram divididas em vários elementos, e uma pessoa que recebe uma transfusão normalmente precisa de outras.
Mas os cientistas concluíram que o risco de contaminação de uma pessoa que recebe sangue de 5 ou 6 doadores diferentes varia entre 1 caso a cada 83 mil e 1 caso a cada 122 mil.
Segundo eles, os riscos atuais são menores em casos individuais porque entre 25% e 50% das pessoas que recebem transfusões de sangue contaminado morrem antes de a doença aparecer.
Segundo os cientistas, antes o risco era maior porque os antigos testes falhavam numa "janela" de 45 dias após a infecção. Nesse período, o sangue já tem o vírus da Aids, mas os testes ainda não são capazes de registrá-lo. Testes novos têm "janela" de 25 dias.
Testes adicionais poderiam ser usados para detectar contaminação nas amostras de sangue que hoje não são detectadas, dizem os pesquisadores. Com esse método, haveria no máximo 4 a 6 amostras de sangue contaminado entre as 12 milhões, afirma Lackitz. O custo seria, porém, muito maior.

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