São Paulo, quinta-feira, 28 de dezembro de 1995
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Almoço no Palácio do Alvorada conclui que 'povão está satisfeito'

CLÓVIS ROSSI
DA REPORTAGEM LOCAL

Entre o que o governador Antônio Britto (PMDB-RS) definiu como "fatos a festejar" no almoço do Alvorada (leia reportagem à página 1-5), o principal foi que o consumo de Natal superou todas as previsões sombrias feitas até o início do mês.
"O povão está muito satisfeito", resumiu Tasso Jereissati (CE), que diz que a mensagem central levada ao presidente Fernando Henrique Cardoso foi esta: "Segurar o Real a qualquer custo".
O governador cearense faz, inclusive, um contraponto: "Quem está quebrando hoje, e pela primeira vez, é banqueiro, e banqueiro dos grandes". Viria daí, dos "grandes", parte das pressões a que o governo está sendo submetido, além das decorrentes do "corporativismo estatal".
O almoço festejou de novo um dado que o governo tem alardeado desde a implantação do Real: a transferência de renda para os setores mais pobres, como consequência da estabilização da moeda. José Roberto Mendonça de Barros, secretário de Política Econômica, chegou a calcular, pouco antes de assumir o posto em janeiro, que essa transferência representa a formidável pilha de R$ 15 bilhões.
Não obstante os festejos palacianos, houve o reconhecimento de que a economia enfrenta "solavancos", em parte como consequência dos juros altos.
Mas não se discutiu a redução dos juros, porque os governistas acreditam que ela depende da reforma fiscal.

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