São Paulo, sábado, 30 de dezembro de 1995
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Promotores querem anular contrato do PAS

LUIS HENRIQUE AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério Público do Estado solicitou à Justiça o cancelamento de um contrato de R$ 5 milhões entre a prefeitura e a FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo).
A prefeitura contratou a entidade para cadastrar os moradores da região de Pirituba-Perus no PAS (Plano de Atendimento à Saúde).
Os seis membros da Promotoria de Justiça da Cidadania da capital que assinam a ação afirmam que o contrato é ilegal e solicitam que o dinheiro já pago seja devolvido aos cofres públicos.
Segundo os promotores, o contrato é ilegal porque a prefeitura está usando para pagar à FESPSP o dinheiro do Fumdes (Fundo Municipal de Saúde), que é repassada pelo governo federal.
Por lei, essa verba só pode ser usada em ações diretamente relacionadas ao atendimento médico.
Os promotores afirmam ainda que a prefeitura dispensou a licitação no contrato de forma ilegal.
A ação pede a condenação do ex-secretário da Saúde, Getúlio Hanashiro, que assinou o contrato, e sua perda de direitos políticos por um período de até cinco anos.
Os promotores mostraram na ação que, no mesmo dia em que a prefeitura enviou ofício à FESPSP perguntando se ela poderia fazer o cadastramento, recebeu uma resposta com uma proposta detalhada de trabalho e outros documentos.
A ação partiu de um inquérito civil instaurado a partir de representação do vereador Adriano Diogo (PT), membro da Comissão de Saúde da Câmara Municipal.
O uso das verbas do Fumdes também é objeto de ação do Ministério Público Federal, que acusou a prefeitura de não usar o dinheiro repassado pela União para melhorar o atendimento na cidade.

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