São Paulo, sábado, 30 de dezembro de 1995 |
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Unicamp demite professor titular por justa causa MAÉRCIO SANTAMARINA MAÉRCIO SANTAMARINA; VALÉRIA CABRERA
O professor é acusado de realizar pesquisas com drogas psiquiátricas em doentes do HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp sem parecer favorável da Comissão de Ética Médica da universidade, além de desvio de dinheiro de convênios para pesquisa. A demissão de Caetano foi publicada ontem no "Diário Oficial do Estado". O psiquiatra negou as acusações e disse que a decisão foi precipitada e injusta (leia texto ao lado). Uma nota oficial divulgada pela Unicamp no final da tarde disse que a demissão ocorreu "após cuidadoso processo interno, que compreendeu um ano de trabalho da Comissão Processante Permanente -órgão ligado à reitoria". O processo incluiu uma sindicância interna da faculdade, concluída em 30 de novembro, e outra do Hospital das Clínicas, concluída no dia 20, além de depoimentos de 48 pessoas, incluindo os professores Egberto Turato e Marta Cabral, que fizeram as denúncias. O reitor José Martins Filho se baseou nas conclusões finais da Comissão Processante Permanente, segundo a nota, para tomar a decisão de demitir Caetano. A comissão concluiu que ele utilizou a estrutura física, médicos-residentes e pacientes do HC para a realização de pesquisas com medicamentos para laboratórios farmacêuticos sem a autorização de seu departamento, da Congregação da FCM e da universidade. A nota informa que ele deixou de recolher aos cofres da universidade taxas de ressarcimento institucional correspondentes a um percentual (entre 10% e 30%) dos valores pagos pelos laboratórios. O montante está sendo apurado. A Procuradoria Geral da Unicamp vai procurar ressarcir a universidade de todos os prejuízos por meio de uma ação cível. O professor deixou, segundo a universidade, de apresentar previamente protocolos de pesquisa. Texto Anterior: Amuletos estranhos 'garantem' ano bom Próximo Texto: Para acusado, houve 'complô' Índice |
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