São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 1995
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MST projeta janeiro quente além do Pontal

DA REPORTAGEM LOCAL

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) projeta um "janeiro quente" para além do Pontal do Paranapanema (extremo oeste de São Paulo). Ou seja: nova onda de invasões de terra também no resto do país.
Para o MST, a questão da reforma agrária só voltou à agenda política em 1995 devido à repercussão das ocupações -sua forma predileta de acossar o governo.
Os dirigentes do MST acreditam que a distribuição de terras reduz a miséria no campo, alivia a pressão migratória sobre as cidades e aumenta a distribuição de renda.
Até hoje, há 1.054 assentamentos no país. A maioria tem resultados econômicos questionados, como em Água Sumida (SP) e Monte Alegre (PA).
Embora aponte avanços do presidente Fernando Henrique Cardoso, o MST vê manipulação no número de famílias assentadas em 1995 (40 mil, segundo FHC).
O MST apresenta sua conta dia 8. Pela matemática dos sem-terra, nem 15 mil foram assentadas e houve mais regularização de assentados por outros governos.

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