São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 1995
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Têxteis apostam em sobretaxa

MARTA AVANCINI
DA FOLHA SUDESTE

A manutenção das sobretaxas aos tecidos importados deverá ser a principal estratégia do setor têxtil para sustentar os atuais níveis de produção e a competitividade.
A avaliação é sindicato que representa os empresários do Pólo Têxtil Paulista, com sede em Americana (135 km de SP).
Responsáveis por cerca de 50 milhões de metros de tecidos sintéticos por mês, as quatro cidades que compõem o pólo -Americana, Santa Bárbara D'Oeste, Nova Odessa e Sumaré- são as maiores produtoras do país.
"Vamos brigar pela prorrogação das sobretaxas de abril, prazo em que elas devem terminar, até o final do ano, disse Mário Zocca, 56, vice-presidente do sindicato.
Em agosto, o governo aumentou a taxa de importação de 13 itens do setor de 18% para 70%.
Zocca diz que a sobretaxa vai possibilitar que as cerca de 560 indústrias do pólo mantenham o nível de produção nos atuais 80% da capacidade instalada -que chegou a cair para 40% durante o ano.
O resultado da queda dos níveis de produção, decorrente da concorrência com os produtos mais baratos do Sudeste Asiático, foi a redução de 50% do número de empregados em 95, reduzindo para cerca de 15 mil o número de trabalhadores.

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