São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 1995
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'China vai seguir Hong Kong'

FERNANDO CANZIAN
ENVIADO ESPECIAL A MELBOURNE

O Banco Mundial estima que as economias do sudeste asiático cresçam 5,4% ao ano, em média, ao longo da próxima década.
É o dobro do esperado para a União Européia e o Nafta (mercado comum entre EUA, Canadá e México). Ao lado do Japão, Hong Kong deverá ser o motor deste crescimento, já que ocupa atualmente a posição de quinto maior operador de cargas do mundo.
O terminal de contêineres no porto é maior do mundo e o movimento de cargas aéreas só perde para o aeroporto do Japão.
Victor Fung, presidente do Conselho para o Desenvolvimento do Comércio de Hong Kong, afirma que a integração com a China não vai alterar essas perspectivas.
Leia a seguir trechos de entrevista que Fung concedeu em Melbourne, Austrália, à Folha:

Folha - Quais transformações ocorrerão na Hong Kong de hoje a partir da reintegração?
Victor Fung - O governo chinês vem realizando compromissos legais e detalhados para minimizar o impacto da transição. É a China, em processo de abertura desde 1979, quem vai seguir Hong Kong. Isso é irreversível.
Folha - Qual o grau de integração com a China hoje?
Fung - Empresários de Hong Kong têm empregados hoje na China mais de 4 milhões de trabalhadores, enquanto Hong Kong tem ao todo menos de 600 mil trabalhadores. Algumas províncias chinesas vizinhas a Hong Kong, como Guangdong, vêm crescendo a taxas superiores a 16% ao ano nos últimos 15 anos, desde que a China abriu seu mercado. Hong Kong já está mais integrada à China do que se pensa.

O jornalista FERNANDO CANZIAN viajou a Melbourne a convite da Embaixada da Austrália.

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