São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 1995
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Crack vicia a classe média

O crack, produzido a partir da pasta-base da cocaína, invadiu os lares da classe média de São Paulo. A morte de Cristiane Gaidies, 20, no dia 22 de outubro, evidenciou o problema. Viciada em crack havia mais de dois anos, ela tentou roubar o toca-fitas de um carro para comprar a droga. Foi baleada nas costas pelo comerciante Ronaldo Fernandes Tomé, que atirou do 12.º andar de um prédio na rua Frei Caneca, na região central de São Paulo. Existem cerca de 150 mil usuários de crack na cidade, segundo o Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos). O relatório do Denarc de julho último registrou, entre os 375 viciados entrevistados, oito profissionais liberais, 12 estudantes universitários e 61 estudantes de escolas particulares de 1º e 2º graus. O crack vicia mais rápido que a cocaína e pode matar em menos de um ano. Uma pedra custa entre R$ 5 e R$ 20. A polícia diz que a droga movimenta R$ 5 milhões por dia na cidade.

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