São Paulo, quarta-feira, 1 de fevereiro de 1995
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Gasto com obras dá para construir 640 casas

LUCIO VAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Senado Federal gastou R$ 2,56 milhões para reacomodar e reformar 40 gabinetes. O dinheiro daria para construir 640 casas populares. Cada um dos 16 gabinete da ala Felinto Muller custou R$ 85 milhões, ou 20 casas populares.
A reforma de cada um dos 24 gabinete na ala Teotônio Vilela saiu por R$ 50 mil. Neste setor, dois antigos escritórios foram transformados em um. Foram derrubadas paredes e portas e instalados novos banheiros e copas.
"Tiveram que quebrar tudo, copa, cozinha. Gasta mais do que para construir novo", justificou o primeiro-secretário do Senado, Júlio Campos (PFL-MT), responsável pelas obras. Ele confirmou à Folha o preço da reforma.
Os gabinetes da ala Felinto Muller foram instalados no prédio onde funcionava o Serviço Médico do Senado. Grande parte da obra consiste de instalação de divisórias. O dinheiro gasto em cada um daria para comprar um apartamento de três quartos em Brasília.
Para abrigar o Serviço Médico, o Senado construiu um novo prédio, de 2.800 metros quadrados. O custo da obra ficou em R$ 895 mil. No total, a reacomodação dos gabinetes custou R$ 3,45 milhões.
O prédio do Serviço Médico e os novos gabinetes foram inaugurados ontem, último dia da gestão de Júlio Campos. O Serviço Médico conta com 92 profissionais da área médica e atende a 21 mil servidores e dependentes.
No Orçamento de 95, Campos reservou mais R$ 70,3 milhões para obras. Esse valor corresponde a R$ 49,4 milhões que serão aplicados na construção de um Anexo e mais R$ 20,8 milhões que serão usados no reparo e conservação de imóveis, incluindo 72 partamentos funcionais e a residência oficial do presidente do Senado.

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