São Paulo, quarta-feira, 1 de fevereiro de 1995
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Soterramento mata 2 crianças no RJ

DA SUCURSAL DO RIO E E DA FOLHA NORDESTE

Duas crianças morreram, cinco pessoas ficaram feridas e uma está desaparecida na cidade de Petrópolis (70 km do Rio), em consequência da chuva durante a noite de anteontem no Estado.
A chuva começou às 19h15 de anteontem e durou aproximadamente uma hora. Mais tarde, uma chuva fina cairia por toda a madrugada.
Às 23h, uma casa na Vila Santa Rita, no centro da cidade, desabou, matando duas crianças: Luís Eduardo Lopes dos Santos, 1 ano e 8 meses, e a irmã Mariana, de 3.
A mãe, não-identificada, sofreu ferimentos na perna e foi levada para o hospital municipal de Petrópolis.
O Monza placas KOI 8716 caiu no Rio Piabanha, que acompanha a Estrada União-Indústria, na altura do bairro Quarteirão Brasileiro, no perímetro urbano. O motorista está desaparecido. Segundo familiares, ele seria Juarez Raimundo Pinheiro.
Na mesma altura, um ônibus da Viação Progresso quase caiu no rio, ficando pendurado na margem. Cinco passageiros ficaram feridos.
O tráfego está fluindo em meia pista na altura do Km 69 da BR 040 (Rio—Juiz de Fora), por causa do deslizamento de terra que ocorreu anteontem.
Na mesma rodovia, altura do Km 112, em Campos Elíseos, os motoristas encontram bolsões de água na pista. O problema está retardando o trânsito e ontem causava congestionamento de cerca de três quilômetros.
No km 49 da rodovia Rio-Santos, na altura de Mangaratiba (110 km do Rio), uma barreira caiu e bloqueou o tráfego em meia-pista, no sentido Rio de Janeiro. Ninguém ficou ferido.

Araraquara
Cerca de 50 pessoas ficaram desabrigadas em Araraquara devido às fortes chuvas de anteontem e ontem.
Os locais mais atingidos foram os bairros Jardim Tamoio, Cruzeiro do Sul, Iguatemi e ruas próximas ao Terminal Rodoviário.
Os bombeiros envolvidos no resgate das vítimas tiveram que usar barcos para retirarem as famílias do Jardim Tamoio, onde o córrego do Ouro subiu mais de dez metros acima do nível.
A lama invadiu a pista da via Expressa, marginal que circunda a cidade, que ficou interdidata na altura do Shopping Center Tropical.
Na avenida Alberto Santos Dumont, que dá acesso ao aeroporto de Araraquara, as galerias pluviais não suportaram o volume de água.
Um barranco desmoronou e provocou um buraco de cerca de sete metros de largura por três de profundidade, na pista.
O índice pluviométrico atingiu, em 24 horas, 135 mm, segundo Damley José Campedeli, 51, delegado agrícola de Araraquara.
Ele disse que a média mensal para janeiro é de 200 milímetros. "Foi um dos maiores índices dos últimos tempos", disse ele.
A chuva continuou durante todo o dia, prejudicando a limpeza das casas atingidas.

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