São Paulo, quarta-feira, 1 de fevereiro de 1995
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Dono de loja deve se apresentar à polícia

LUIS HENRIQUE AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado José Carlos Dias, que representa o comerciante José Gonçalves Gomes, dono da casa de fogos de artifício que explodiu em Pirituba (zona oeste), disse ontem que seu cliente vai se apresentar assim que a polícia solicitar.
"Ele está à disposição das autoridades", disse Dias. O advogado não revelou onde Gomes está, mas afirmou que ambos já tiveram uma reunião para tratar da defesa. Dias não quis adiantar qual será sua estratégia na defesa.
Segundo o delegado responsável pela investigação, Eduardo Hallage, da Delegacia Seccional Oeste, Gomes deverá ser chamado para depor depois que ficarem prontos os laudos da polícia técnica sobre a explosão, ocorrida no último sábado.
O delegado avalia que os laudos só devem estar prontos em 30 dias. "Os dados do laudo são necessário para o interrogatório", disse.
O advogado Dias disse não temer pela decretação da prisão preventiva de seu cliente.
"Trata-se de um crime culposo. Não há fundamento para a preventiva", disse. Crime culposo é aquele em que seu autor não tinha intenção de cometê-lo.
Ontem, promotores do Ministério Público Estadual estiveram na rua Benedito de Andrade, onde houve a explosão, para orientar os parentes das vítimas —e as pessoas que tiveram danos materiais— sobre como processar a prefeitura e o dono da loja "Ogum Sete Estrelas".
A Associação dos Moradores de Pirituba anunciou que vai processar a prefeitura e o comerciante Gomes solicitando indenização para as vítimas.
O vereador Adriano Diogo (PT) também entrou com uma representação no Ministério Público solicitando abertura de processo contra a prefeitura.
"O próprio secretário das Administrações Regionais, Nieto Martins, já afirmou que houve omissão dos fiscais da prefeitura na explosão", disse.

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