São Paulo, quarta-feira, 1 de fevereiro de 1995
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'Voodoo Lounge' une rock e tecnologia

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA REPORTAGEM LOCAL

Os Rolling Stones não precisam das 2h15 de show para provar que são a melhor banda de rock do planeta. Bastam os acordes iniciais de "Not Fade Away", a música que abre o show.
É verdade que não é mais apenas rock'n'roll. É rock'n'roll, uma grande produção e tecnologia de último tipo. Mas é ótimo.
Eles fizeram três shows em São Paulo. Um diferente do outro. Variaram bastante o repertório, mas mostraram o mesmo pique em todos. A melhor apresentação até agora foi a de sábado. Até por causa das músicas escolhidas.
No segundo dia só faltou a versão extasiante de "Midnight Rambler" —musicalmente, um dos pontos altos do show, com direito a belos solos de gaita.
A banda se diverte nos vários andamentos deste "bluesão". Não é à toa que é uma das preferidas de Richards.
Até agora, eles mantiveram 14 músicas no repertório. Em cada apresentação eles tocam 23. Ao todo, o grupo tocou 32 músicas diferentes nos três shows.
No show de segunda-feira Mick Jagger cantou "You Got Me Rocking" e "I Go Wild", Richards executou "The Worst". E, pela primeira vez em São Paulo, a banda tocou "Sparks Will Fly" e "Out Of Tears".
A outra novidade do repertório no show de ontem foi "It's All Over Now".
A performance da banda é impressionante. Jagger demonstra um fôlego de corredor de meia distância. Richards tem bons momentos, mas os melhores solos de guitarra são de Ron Wood, principalmente os de slide.
E a versão de "Jumpin' Jack Flash" —com Keith Richards vindo do fundo do palco tocando o refrão— faz um bis apoteótico.

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