São Paulo, quarta-feira, 1 de fevereiro de 1995 |
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Forti Corse entra na F-1 com a ajuda da Parmalat
MAURO TAGLIAFERRI
Ausente das pistas desde 1984, após conquistar títulos mundiais como patrocinadora do austríaco Niki Lauda e do brasileiro Nelson Piquet, a empresa viabilizou o ingresso da Forti Corse na categoria. Primeiro, como o principal patrocinador da escuderia, colaborando com cerca de 20% dos US$ 17 milhões necessários ao desenvolvimento do carro da equipe, a qual foi inscrita na F-1 com o nome de "Parmalat Forti Corse". Além disso, a multinacional foi duas vezes campeã, em 1981 e 83, com a Brabham, de Bernie Ecclestone, atual presidente da Foca (a associação que reúne os construtores da F-1) e vice da Federação Internacional de Automobilismo. O fato garante, no mínimo, a simpatia do dirigente em relação ao ingresso da Forti Corse na F-1. "Tudo ajuda. Uma somatória de peças nos permitiu estar na F-1", disse o empresário brasileiro Carlo Gancia, sócio do italiano Guido Forti na escuderia. Ontem também foi apresentado o modelo FG01/95, que a equipe vai utilizar na temporada 95. O carro, que leva a assinatura do inglês Chris Radage e tem as cores amarelo, verde e azul, é equipado com motor Ford ED V8 e câmbio sequêncial. "Nossa intenção é ter o câmbio semi-automático em Ímola (GP de San Marino, programado para 30 de abril)", afirmou Gancia. O empresário também fixou objetivos para a escuderia em 95. "Se nos classificarmos para todas as provas e concluirmos algumas, comemoraremos", disse. Gancia quer, ainda, que sua escuderia seja um "trampolim para jovens pilotos que chegam à F-1". Na verdade, a maioria dos jovens pilotos que chegam à F-1 traz novos patrocinadores para suas equipes, ou, em outras palavras, paga para correr. É o caso do atual piloto da Forti Corse, Pedro Paulo Diniz. Gancia não nega que o proprietário da rede Pão de Açúcar, Abílio Diniz, pai de Pedro, "abriu algumas portas" para que a equipe conseguisse patrocinadores. O empresário quer, ainda, que o segundo piloto do time, cujo nome está para ser definido, traga mais dinheiro para a escuderia. Uma única exceção seria feita no caso de Roberto Pupo Moreno aceitar correr pela Forti Corse. Carlo Gancia acredita que o piloto funcionaria como um "professor para o Pedro e para a equipe". Outros cotados são os italianos Andrea Montermini e Emanuele Naspetti. O português Pedro Lamy, que, segundo a agência "EFE" estaria indo para a Forti Corse, não foi confirmado. Texto Anterior: Técnico 'está no seu direito', diz Roberto Carlos Próximo Texto: Diniz quer mudar seu estilo de pilotar na F-1 Índice |
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