São Paulo, quarta-feira, 1 de fevereiro de 1995 |
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Presidente tem gravura de Goya em casa
MARIO CESAR CARVALHO
Não é uma edição do século 19, mas está autenticada pelo Museu do Prado, de Madri. Vale entre US$ 4 mil e US$ 8 mil, segundo o anuário de arte Mayer. É a mais importante obra que o presidente e sua mulher Ruth Cardoso têm, segundo a artista plástica Renina Katz, 69, amiga do casal desde o início dos anos 50. Entre artistas internacionais, há um predomínio espanhol —ou catalão. FHC tem duas gravuras de Juan Miró (1893-1983) e uma de Antoni Tápies, 71. Obras compradas são exceção, segundo o sociólogo Pedro Paulo Poppovic, 66, amigo de FHC desde 1952. "Fernando e Ruth não têm bem uma coleção. São obras dadas por amigos. É coisa de amigo duro para amigo duro", diz. Katz é uma dessas amigas duras. Já deu desenhos e gravuras para FHC e pintou um painel decorativo na casa em que ele morou no Brooklyn, em São Paulo. Por sorte de FHC, alguns desses amigos ficaram para a história da arte brasileira. É o caso de Arthur Luiz Piza, 66, autor das jóias que Ruth usou na posse, e Mário Gruber, 67. De Piza, FHC tem gravuras e de Gruber, uma tela. Katz acompanhou a iniciação de FHC entre artistas de São Paulo. "A gente frequentava o clubinho dos artistas nos anos 50 e encontrava lá o Rebolo, o Gruber, o Otávio Araújo", conta. O gosto de FHC poderá ser conferido a partir de 3 de maio numa exposição sobre o Grupo Santa Helena no MAM de São Paulo. A tela "Praça da Sé", pintada nos anos 40 por Manoel Martins (1911-1979), foi cedida à curadora Marilia Saboya por FHC. Texto Anterior: Marchands sugerem opções Próximo Texto: Acervo une Tintoretto a marcheteiro anônimo Índice |
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