São Paulo, quarta-feira, 1 de fevereiro de 1995
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Chile recorre contra decisão

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ministro das Relações Exteriores do Chile, José Miguel Insulza, disse ontem que seu país está pedindo uma revisão global da decisão sobre a zona fronteiriça de Laguna del Desierto, que beneficiou a Argentina.
"Queremos uma modificação substantiva e geral da decisão, porque consideramos que ela padece de defeitos tanto de fato como de direito", disse o chanceler.
A decisão sobre os 530 km2 em disputa foi tomada em outubro de 1994 por um tribunal formado por juristas de cinco países e sediado no Rio de Janeiro. A Argentina considera a decisão "inapelável".
Em La Paz, o presidente e o vice-presidente do Senado da Bolívia, Juan Carlos Durán e Valentín Abecia, divulgaram declaração afirmando estar preocupados com a possibilidade de o conflito entre Equador e Peru ter repercussões negativas em seu país.
"Um eventual agravamento do conflito armado põe em risco a estabilidade de toda a região andina", afirmaram os dois senadores.
A mesma preocupação surgiu nos meios políticos paraguaios. "Essa situação traz o perigo de que renasçam no continente antigas forças militaristas, com a desculpa do perigo de uma guerra", afirmou Mario Paz, dirigente do partido Encuentro Nacional.

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