São Paulo, quarta-feira, 1 de fevereiro de 1995 |
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Reunião no Rio prepara proposta de paz
FRANCISCO SANTOS
Por volta das 20h, os quatro países divulgaram nota à imprensa na qual apontam como primeiro resultado do encontro no Rio a decisão política do governo peruano para a implementação do cessar-fogo proposto pelo Equador. A nota expressa, no entanto, "profunda preocupação com a demora na implementação concreta dessa decisão" pelos dois países. Segundo o diplomata brasileiro Antonio Simões, assessor de imprensa do encontro, os representantes dos quatro países "garantes" estavam "harmonizando" uma proposta a ser submetida aos representantes do Peru e do Equador. Os representantes equatorianos, chefiados pelo secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Marcelo Fernandez de Córdoba, não haviam chegado ao Palácio Itamaraty até as 21h. A chegada estava prevista para as 23h30 e a reunião poderia prosseguir ainda ontem à noite. Não se sabia o grau de autonomia que representantes peruanos e equatorianos teriam na negociação. O protocolo de 1942, assinado no Rio, definiu a fronteira entre Peru e Equador, que haviam entrado em guerra no ano anterior. Esta fronteira é contestada pelo Equador numa extensão de 78 km. A delegação brasileira era chefiada pelo ministro interino das Relações Exteriores, Sebastião do Rego Barros. A dos EUA, pelo subsecretário para Assuntos Interamericanos do Departamento de Estado Alexander Watson, a chilena, pelo vice-chanceler Fabio Vio, e a argentina, pelo vice-chanceler Fernando Petrella. Os peruanos, que chegaram ao Rio à tarde, eram liderados pelo vice-chanceler Eduardo Ponce Vizanco. Após a divulgação da nota oficial, Watson disse à TV CNN que os próximos passos serão garantir a implementação do cessar-fogo e o envio de observadores militares internacionais à região. Texto Anterior: Beligerantes censuram imagens de televisão Índice |
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