São Paulo, quinta-feira, 2 de fevereiro de 1995
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Clientes desrespeitam decreto

DA REPORTAGEM LOCAL

Em cinco dos seis restaurantes visitados na noite de ontem pela Folha havia pessoas fumando. Os gerentes das casas ou se diziam atônitos com a lei antifumo ou ainda não haviam recebido orientação dos proprietários.
"O que nós vamos fazer. Botar os clientes para fora? Apagar os cigarros? Só podemos dar a recomendação e tirar os cinzeiros das mesas", disse o gerente do Don Fabrizio, no Paraíso (zona sul).
No Nabuco, em Higienópolis (centro), onde são vendidos charutos e onde frequentemente um dos proprietários, o escritor Fernando Moraes, pode ser visto fumando um deles, não só havia cinzeiros nas mesas como os garçons acendiam os cigarros nas mesas.
Os publicitários Fabiana Marson, 26, e Rogério Laudissi, 25, fumava ontem no Nabuco.
Acham que a lei devia ser restrita a lugares pequenos. "A lei vai prejudicar os restaurantes e os fumantes, mas vamos ter que parar. Vai haver um constrangimento social", diz Fabiana.
"A lei é inconstitucional, fere o princípio da liberdade individual", disse o advogado Antônio Julião Jr, que fumava depois de jantar ontem no Bambi. O advogado disse que vai parar de fumar em restaurantes até que surja um mandado de segurança contra a lei.

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