São Paulo, quinta-feira, 2 de fevereiro de 1995![]() |
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Consumo se mantém elevado em janeiro VIVALDO DE SOUSA VIVALDO DE SOUSA; LILIANA LAVORATTI
O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, José Milton Dallari, disse que as vendas em janeiro continuam aquecidas e caíram cerca de 3% em relação a dezembro, quando estavam 39% superiores a novembro. O cálculo teve como base as vendas de março de 1994. Mesmo assim, o governo já desistiu de flexibilizar as medidas de restrição ao crédito e ao consumo adotadas em outubro de 1994. O governo está fazendo um acompanhamento diário das vendas no comércio e, por enquanto, não se estuda novas medidas anticonsumo, disse Dallari. O governo já tem informações de que a inadimplência de compras financiadas em 1994 aumentou em dezembro e janeiro. Segundo Dallari, aquelas pessoas que comprometeram toda sua renda para comprar a prestação não estão tendo recursos para pagar o financiamento. Os dados do Ministério da Fazenda mostram que as vendas nos supermercados aumentaram 129,92% no segundo semestre do ano passado (percentuais somados tendo como base março de 94). Só em dezembro, mês de festas, o crescimento foi de 38,71%, também em relação a março de 94. Aumentou principalmente o consumo de alimentos, calçados, confecções e eletro-eletrônicos. O nível médio de capacidade ociosa das indústrias está em 20%, disse Dallari. Há exceções, como na indústria de embalagens de papelão, onde as empresas operam a 100%. "Não é necessário nenhuma medida adicional para controlar o consumo", disse o secretário. Segundo ele, o governo só vai analisar novas medidas para conter o consumo se acontecer um grande aumento nas vendas do comércio a partir deste mês. Desde o lançamento do real o consumo na economia do país cresceu 30% em relação aos meses correspondentes de 1993, segundo técnicos do Ministério da Fazenda. Por enquanto, o aquecimento não preocupa. A avaliação dos técnicos é que a demanda está alta, mas não está acelerando. Texto Anterior: Cesta básica começa o mês com queda de 0,59% em SP Próximo Texto: Inadimplência chega a 98% e é recorde Índice |
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