São Paulo, quinta-feira, 2 de fevereiro de 1995![]() |
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Brasil é citado por mortes, tortura e racismo
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
O capítulo sobre o país tem 20 páginas, a mesma extensão do documento do ano passado, e basicamente o mesmo conbteúdo de anos anteriores. "A Justiça é lenta e não confiável, especialmente nas áreas rurais, onde poderosos prorietários de terra usam a violência para resolver disputas e influenciam os juízes locais", diz o relatório. Segundo o Departamento de Estado, os pobres, "em especial os de minorias raciais", são os que mais sofrem com a violência da polícia e dos criminosos. Em diversos trechos, o relatório põe em destaque o contraste entre determinações legais e a realidade no Brasil. Sobre a intervenção do Exército para controlar o crime no Rio, o Departamento de Estado diz que ela tem sido "essencialmente não-violenta e popular entre os moradores da cidade". Na seção sobre liberdade de imprensa, a Folha é citada. O relatório diz que o jornal classifica a legislação de imprensa em vigor como "uma lei arcaica e autoritária que foi herdada do regime militar". O relatório diz que populações indígenas, apesar de garantias constitucionais, "permanecem vítimas de abuso e violência, com contínuas invasões de suas terras". Também afirma que os brasileiros de pele escura "frequentemente enfrentam discriminação" e que "a maioria dos brasileiros negros se encontram entre os mais pobres setores da sociedade". A Embaixada do Brasil em Washington, que acaba de publicar um livreto sobre a situação dos direitos humanos no país, estudava o documento na tarde de ontem e não havia se manifestado até 19h (em Brasília). (CELS) Texto Anterior: EUA acusam a Rússia de abusos Próximo Texto: Russos querem prisão de líder tchetcheno Índice |
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