São Paulo, quinta-feira, 2 de fevereiro de 1995
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Bursa é a capital da produção de seda

SILVIO CIOFFI
DA REDAÇÃO

Bursa é a antiga capital da Turquia e dista 243 km de Istambul.
A distância física não é grande, mas Bursa —hoje transformada na capital da seda— não é ocidentalizada como Istambul.
Em suas ruas, muitas das mulheres ainda escondem o rosto e andam envoltas em panos.
Com 1,6 milhão de habitantes, Bursa tem em torno de 300 empresas de fiação de seda, a maioria delas destinada à produção dos finíssimos tapetes Herequê.
E são as jovens casadoiras de dedos finos e visão arguta que se dedicam à confecção desses tapetes que, vendidos, servem de dote.
No coração da cidade funciona o mercado da seda, construção iniciada no século 14.
Há uma feira anual em julho, mas o comércio é animado todos os dias. Pechinchar significa abater o preço significativamente e os turcos nem gostam quando se aceita o primeiro preço.
Lenços e gravatas custam a partir de US$ 10 e há estampas modernas e alegres entre os produtos à venda.
Fundada em 550 a.C. por determinação do general cartaginês Aníbal na região do monte Olimpo, Bursa tem diversas construções da época dos seis primeiros sultões otomanos.
São 125 as mesquitas, todas forradas de tapetes que são sobrepostos ao longo dos séculos.
A mesquita de Yesil, de 1424, já justificaria a visita. Mas não dá para ignorar o mausoléu Verde, de 1419, que fica ao lado e abriga os restos do sultão Mehmet 1º.
Revestida de cerâmica azul-turquesa, o mausoléu é um espetáculo arquitetônico guardado por uma senhora coberta de véus, testemunha de um passado mágico que Bursa conserva intocado.

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