São Paulo, sexta-feira, 3 de fevereiro de 1995 |
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Pedreiros dizem que prédio tinha falha estrutural
MÔNICA SANTANNA
"Colarinho" é a região entre a base da fundação e o início da viga que sustenta os pilares do prédio. É feito de concreto. O edifício Atlântico desmoronou no sábado passado, matando 28 pessoas e ferindo 9. Quatro feridos permanecem internados em hospitais. Maria Antonieta Saliba Costa é a única que apresenta estado grave. O delegado Soccio, 36, disse que o esmagamento dos colarinhos pode ter sido provocado pelo excesso de peso, mas não apontou o fato como causa do acidente. "Isso é um trabalho da perícia." Segundo engenheiros consultados pela Agência Folha, o possível esmagamento dos "colarinhos" deve ter ocorrido por excesso de peso e, se isso ocorreu, pode ser a causa do acidente. Segundo Soccio, os pedreiros afirmaram que estavam escavando em torno dos cinco pilares desde quarta-feira, três dias antes da queda do edifício, colocando concreto para reforçar as colunas. "Eles disseram que o trabalho era orientado pelo Ney (Ney Baptista Torres, construtor do prédio)", disse. Na próxima semana, Soccio deve ir a Curitiba para ouvir sobreviventes e Torres. Uma comissão de moradores esteve ontem em Guaratuba para doar objetos que não foram danificados no acidente, entre eles garrafas de uísque e caixas de cerveja. Durante o resgate, os objetos foram colocados numa casa ao lado do prédio. Balsa Uma das três balsas que fazem a travessia entre Guaratuba e Caiobá (litoral do Paraná) foi arrastada ontem por ventos fortes em um trecho de 300 metros. Não houve feridos. Há 15 dias, outra balsa ficou à deriva por duas horas. Também não houve feridos. Texto Anterior: Representantes de cultos afros defendem uso de pólvora em rituais Próximo Texto: Liminar permite fumo em restaurante Índice |
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