São Paulo, sexta-feira, 3 de fevereiro de 1995
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Sindicatos negociarão alíquota de importação

Objetivo é incluir salário e emprego

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Representantes dos trabalhadores ameaçam inviabilizar as negociações nas câmaras setoriais caso o governo não aceite incluir no debate questões ligadas a emprego e salário.
A posição dos trabalhadores pode fazer com que o governo adie o anúncio do aumento de 20% para 35% da alíquota do II (Imposto de Importação) dos veículos importados.
O governo pretendia tomar a medida no âmbito da Câmara Setorial Automotiva, que será realizada na segunda-feira.
Para figurar como decisão da câmara, a medida precisaria ser referendada por todos os seus representantes (trabalhadores, empresários e governo).
A ministra Dorothéa Werneck (Indústria, Comércio e Turismo) se reuniu ontem com representantes da Força Sindical e Central Única dos Trabalhadores. Ela disse aos trabalhadores que não quer discutir temas trabalhistas nas câmaras.
"Não faremos acordos gerais nas câmaras se estiverem excluídas questões dos trabalhadores", rebateu o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo —filiado à Força Sindical—, Paulo Pereira da Silva, disse que os salários devem ser discutidos nos próximos acordos.
Eles querem discutir a reposição das perdas, aumento real de salários e dos níveis de emprego. As centrais são a favor do aumento da alíquota de II.

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