São Paulo, sábado, 4 de fevereiro de 1995
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Casos de leptospirose aumentam 27% em SP

DA REPORTAGEM LOCAL E DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O número de casos suspeitos de leptospirose registrados pela Vigilância Sanitária em São Paulo aumentou 27% de janeiro de 1994 para janeiro de 1995.
Foram 19 casos suspeitos em janeiro de 94 contra 26 casos em janeiro passado.
No total, há 53 casos suspeitos da doença no Estado. Em janeiro, foram registradas duas mortes na capital, também suspeitas de estarem relacionadas à doença.
A leptospirose é uma doença transmitida pela bactéria leptospira, presente na urina de ratos.
O contágio se dá através do contato de água ou lama contaminada com a pele do homem, geralmente após enchentes.
Os principais sintomas da leptospirose são febre alta, dor na batata da perna (panturrilha), dor de cabeça e pele amarelada nos casos mais graves (veja quadro ao lado).
Caso a doença não seja diagnosticada a tempo, o paciente pode vir a morrer por insuficiência renal ou hepática. O índice de letalidade da doença (número de pacientes que morrem) é de 10% dos casos.
"Os pacientes que manifestarem os sintomas, que podem ser confundidos com os de gripe, devem dizer aos médicos se tiveram ou não contato com enchentes, a fim de orientar o diagnóstico", diz a médica sanitarista Inês Koizume, do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo.
Segundo Inês, o tratamento é simples, à base de antibióticos e hidratação. "Mas é preciso que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível", disse a médica.
Em Sorocaba (87 km a oeste de SP), subiu ontem para 18 o número de pessoas suspeitas de contaminação por leptospirose. Até ontem, havia apenas um caso confirmado da doença.

Paraná
O Centro de Epidemiologia da Secretaria da Saúde do Paraná informou ontem que foram registrados nos últimos 15 dias 103 casos de leptospirose em Curitiba e região metropolitana. Oito pessoas morreram.
A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba informou que subiu de 63 para 79 o número de suspeitos com a doença.
Técnicos da secretaria municipal vão fazer hoje um mutirão no bairro do Cajuru, onde há 28 suspeitos e já houve três mortes por causa da doença.
Eles pretendem visitar 2.500 casas que estão situadas em zona de risco, distribuindo folhetos com informações sobre a doença e medidas preventivas.

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