São Paulo, segunda-feira, 6 de fevereiro de 1995
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Greve tem objetivo político

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

A greve convocada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo para quarta-feira, dia 8, na zona sul da cidade, é um exemplo do sindicalismo de compromisso.
Não é uma greve econômica, que pede mais salário aos empresários, mas sim uma greve política, contra o governo.
"Somos contra o fim da aposentadoria por tempo de serviços e queremos participar do debate sobre reforma na Previdência", afirma Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
A greve objetiva ainda apressar as reformas tributária ("queremos menos imposto") e privatizações, o que vem de encontro justamente ao pleito do setor empresarial. Nesse sentido a greve estabelece uma parceria capital/trabalho.
A paralisação dos metalúrgicos, a primeira contra o governo FHC, deve atingir cerca de 50 fábricas da zona sul de São Paulo, segundo prevê o sindicato.
"Queremos parar 30 mil trabalhadores, das 6h às 9h, e realizar um ato de protesto", diz Paulinho.
Segundo Paulinho, "os patrões não têm culpa, mas vão ter de enfrentar greves e manifestações crescentes até o dia em que o governo tomar uma atitude e nos chamar para negociar as reformas constitucionais."
(CPL)

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